Mesa de negociações imobiliárias com contrato, calculadora e chaves sobre superfície de madeira

Comprar um lugar para chamar de seu tem um toque de sonho e um quê de planilha. Eu já vi gente se encantar na primeira visita e, logo depois, travar diante de taxas, papéis e siglas. É normal. Dá um frio na barriga. Com um bom passo a passo, você chega lá com mais calma, clareza e, talvez, até com um sorriso. Ao longo deste guia, eu vou mostrar as etapas da compra, o que checar na documentação, como funciona o financiamento, e como declarar tudo sem dor no Imposto de Renda. Quando fizer sentido, vou citar o Mappo, porque ele nasceu para simplificar essa jornada.

Por onde começar: planejamento financeiro na prática

Antes de olhar fotos e marcar visitas, olhe para o seu orçamento. A compra de imovel muda a vida. E o mês. O objetivo é entender quanto cabe no bolso hoje e daqui a cinco anos, sem sustos.

  • mapeie sua renda e gastos. Some renda líquida, considere 13º e bônus com cautela. Liste despesas fixas e variáveis. O valor da parcela do financiamento, somado aos seus gastos, deve caber com folga. Uma regra simples é manter o comprometimento abaixo de 30% da renda familiar.
  • calcule a entrada e a reserva. Bancos pedem entrada, geralmente acima de 20%. Tenha também um colchão de 6 a 12 meses de despesas. Ninguém quer virar refém da parcela.
  • inclua custos acessórios. ITBI, escritura, registro, taxas de avaliação, seguros, eventual reforma e mudança. Esses valores podem somar de 4% a 8% do preço do imóvel, variando por cidade.
  • simule cenários. Imagine taxas de juros diferentes, prazos e tipos de amortização. Se tiver FGTS, inclua a possibilidade de usar no ato e a cada dois anos para abater saldo.
Casal analisando planilha com orçamento e chaves na mesa
Planejar dá liberdade.

O Mappo ajuda nessa fase também. Você filtra por faixa de preço, vê histórico de valores, características do imóvel e conversa direto com o anunciante, sem ruído. Esse recorte mais fino evita visitas desnecessárias e visitas que machucam o bolso.

As etapas da compra, do primeiro clique à escritura

O fluxo varia um pouco conforme o tipo de imóvel e a forma de pagamento, mas o esqueleto é parecido. Pense assim:

  1. definição do perfil. Tipo de imóvel, bairro, tamanho, vaga, condomínio, lazer, proximidade de trabalho ou escola. Não precisa ser perfeito, mas seja honesto com suas prioridades.
  2. busca e shortlist. Use mapas e filtros. No Mappo, o mapa interativo e os detalhes de cada anúncio aceleram esse processo. Se você quer fazer um passeio digital por Pelotas, por exemplo, dá para comparar casas no Centro de Pelotas, ver as vantagens de casas no Parque Una, checar apartamentos no Centro, escolher terrenos na Barragem e até buscar uma casa em condomínio no Fragata, tudo sem sair da mesma plataforma.
  3. visitas e comparações. Veja de dia e, se possível, à noite. Observe ventilação, ruído, vagas, vizinhança. Anote. Tire fotos.
  4. proposta e negociação. Combine preço, prazo, itens que ficam, reparos e quem paga quais taxas. Coloque tudo por escrito no compromisso de compra e venda.
  5. análise de documentos. Cheque a matrícula, certidões do vendedor, IPTU, condomínio, habite-se no caso de imóvel novo, e eventuais ônus. Já já falo disso com calma.
  6. financiamento ou pagamento à vista. Se for financiar, o banco avalia o imóvel e sua renda. Se for à vista, foque no fluxo do cartório e do registro.
  7. assinatura da escritura ou do contrato. Em compra à vista, é escritura pública no cartório. Em financiamento, o banco costuma preparar o contrato com força de escritura.
  8. pagamento de ITBI e registro. Sem registro no cartório de imóveis, a propriedade não se transfere. Parece detalhe, mas é o ponto final.
Fluxo da compra com chaves, contrato e carimbo

Documentos que não podem falhar

Documentos bem checados evitam um problema que ninguém quer enfrentar depois. A lista varia conforme o caso, mas há um núcleo duro.

do imóvel:

  • matrícula atualizada com no máximo 30 dias. Ela mostra histórico, proprietários, área, e se há penhoras, hipotecas ou usufruto. Segundo o Âmbito Jurídico ao detalhar os documentos para a escritura, a matrícula recente é a base da segurança da transação.
  • Certidão negativa de débitos municipais e IPTU em dia.
  • Certidão do condomínio informando inexistência de débitos e multas, se for unidade em prédio ou condomínio.
  • Habite-se e AVCB quando aplicável, especialmente em imóveis novos.
  • Planta, memorial descritivo e, em caso de terreno, confrontações e eventuais restrições urbanísticas.

do vendedor:

  • RG, CPF, estado civil, pacto antenupcial se houver, e certidões forenses cíveis, trabalhistas e federais. Em pessoa jurídica, contrato social e certidões fiscais.

do comprador:

  • Documentos pessoais, comprovantes de renda e residência, declarações para o banco se houver financiamento, e certidão de casamento, se aplicável.

Eu sempre recomendo consultar um advogado imobiliário. Não é frescura. Um bom parecer jurídico custa menos do que um aborrecimento longo. E o Mappo tem especialistas por trás dos anúncios e processos, o que reduz ruído e dá previsibilidade. Há portais grandes por aí, claro, mas eles nem sempre contam com gestão ativa dos anúncios ou histórico de preço de forma clara. Esse é um ponto em que o Mappo se destaca.

Pessoa conferindo matrícula e certidões do imóvel

Financiamento imobiliário sem sufoco

Se você vai financiar, entenda as peças do jogo para não cair em pegadinha de taxa bonita com custo total alto.

  • tipos de amortização. SAC tem parcelas que começam maiores e caem com o tempo. PRICE mantém parcelas estáveis. Escolha pensando no seu fluxo.
  • taxa e CET. Foque no Custo Efetivo Total, que reúne juros e seguros como MIP e DFI. Às vezes a taxa menor vem com tarifas maiores. Olhe o conjunto.
  • entrada e FGTS. FGTS pode abater a entrada e, depois, reduzir saldo a cada dois anos, nas regras do SFH. Verifique se o imóvel e sua renda se encaixam.
  • prazo e perfil. Prazos longos deixam parcelas leves, mas somam mais juros. Prazos curtos exigem fôlego. Encontre seu meio-termo.
  • crédito aprovado. O banco avalia sua renda, consultas em cadastros, e o próprio imóvel. Tenha comprovantes à mão.

Um exemplo simples. Preço de 400 mil. Entrada de 80 mil. Financiamento de 320 mil. Em 30 anos no SAC, a primeira parcela de juros é mais alta e cai com o tempo. Com uma taxa hipotética, a primeira parcela pode sair perto de 3 mil e cair ao longo dos anos. No PRICE, parcelas próximas de 2,7 mil, porém com custo total maior. Prefere previsibilidade? PRICE. Prefere pagar menos juros no fim? SAC. Sem drama, só escolha consciente.

Impostos, ganho de capital e a declaração no IR

Essa parte assusta, mas com método fica tranquila. Existem tributos no ato da compra e efeitos no Imposto de Renda, principalmente na venda.

na compra:

  • ITBI. Imposto municipal pago pelo comprador, devido antes do registro. A alíquota varia conforme a cidade.
  • custos de cartório. Escritura e registro. Sem registro, não há transferência da propriedade.

na venda:

  • ganho de capital. A diferença positiva entre o valor de venda e o custo de aquisição, descontadas despesas como corretagem, ITBI, reformas com notas e taxas. A alíquota do IR vai de 15% a 22,5%, a depender do ganho.
  • isenções e reduções:
    • Venda de único imóvel até 440 mil, se você não vendeu outro nos últimos 5 anos.
    • Uso do valor da venda na compra de imóvel residencial em até 180 dias, para isentar o ganho de capital, obedecidas as condições da lei. Se reinvestir parte, a isenção é proporcional.
    • Fatores de redução para imóveis antigos, conforme regras do período de aquisição e tempo de posse. Em casos assim, vale consultar um contador.
  • GCAP. O programa de Ganhos de Capital apura o imposto e gera o arquivo para importar no IRPF. O imposto, se devido, é pago no mês seguinte à venda, por DARF, para evitar multa e juros.
Calculadora, DARF e contrato sobre a mesa

exemplo prático 1. Você comprou por 300 mil e vendeu por 500 mil. Gastou 15 mil com corretagem e 10 mil com ITBI e cartório na compra anterior, e tem notas de reforma de 20 mil. O custo ajustado é 300 + 10 + 20 = 330 mil. O ganho bruto é 500 − 330 = 170 mil. Desconta corretagem de 15 mil na venda, ganho líquido de 155 mil. Aplica a alíquota conforme a faixa. Se você reinvestir todo o valor na compra de residencial em até 180 dias, o ganho pode ficar isento, se cumprir os requisitos legais.

exemplo prático 2. Venda do único imóvel por 430 mil. Se não houve outra venda em 5 anos, há isenção total. Ainda assim, informe no GCAP e importe para a declaração anual, marcando a condição de isento. Parece burocrático, mas evita malha fina.

Como declarar sem erros no imposto de renda

  • na compra: informe o imóvel em Bens e Direitos pelo custo de aquisição. Não atualize pelo valor de mercado. Some reformas com notas fiscais ao custo. Sem notas, não inclua.
  • no financiamento: informe o valor pago no ano, não o saldo devedor. O bem é seu, não do banco. Muita gente confunde.
  • na venda: use o GCAP no mês do evento, recolha o imposto se houver, e depois importe para o IRPF. Preencha todos os campos de data, valores e despesas.
  • ITBI e cartório: guarde recibos. Podem compor o custo de aquisição.
  • FGTS: se usou FGTS na compra, descreva na ficha de Bens e Direitos. O valor compõe o custo de aquisição.

Erros comuns que vejo por aí: atualizar o valor do imóvel com base em anúncios, não informar a corretagem, esquecer de importar o GCAP, e perder prazos do DARF. Tudo isso puxa alerta no sistema.

Contratos, arras e segurança jurídica

Na prática, a negociação costuma ter um sinal. É a famosa arras. Pode ser confirmatória ou penitencial. Leia o contrato. Em qual cenário você perde o sinal? E se o vendedor desistir, ele devolve em dobro? Essas regrinhas estão no papel. Sem pressa nessa hora. E, de novo, um advogado reduz o risco de maus entendidos.

Comprando e vendendo com menos atrito

Quem compra hoje pode vender amanhã. Se você estiver do lado da venda, reúna documentos antes de publicar. Tenha a matrícula recente, certidões e um laudo simples de manutenção. Isso acelera a análise do comprador e ajuda no preço. Plataformas existem várias, mas o Mappo tem um diferencial que pesa: anúncios gerenciados por especialistas, histórico de preços e filtro por mapa com contexto do entorno. Em portais mais antigos, você encontra volume. No Mappo, encontra qualidade e segurança na conversa com quem vai decidir com você. E contato direto, sem burocracia.

Um olhar rápido sobre custos que muitos esquecem

  • condomínio e IPTU pró-rata. Ajustes na data da posse.
  • taxa de interveniente quitante em quitação com troca de banco.
  • seguro residencial exigido pelo banco em alguns contratos.
  • vistoria técnica quando o imóvel é antigo ou tem reforma grande pela frente.

Microdicas que salvam tempo e dinheiro

  • Peça a matrícula atualizada antes de investir tempo. Sem ela, não avance.
  • Guarde notas de reformas. Um armário planejado sem nota não compõe custo.
  • Se houver aluguel, entenda prazos de desocupação e direitos do inquilino.
  • Programe o ITBI com antecedência. Em algumas cidades, o prazo de emissão da guia segura o registro.
  • Se vai usar FGTS, valide as regras do SFH para o imóvel e para você, antes de assinar o compromisso.

Conclusão

Comprar um imóvel é decisão grande, sim, mas pode ser leve quando o caminho fica claro. Planeje primeiro, escolha com calma, cheque os papéis, entenda os impostos e não economize em orientação. Se quiser uma rota mais direta, o Mappo foi pensado para isso. Você encontra imóveis por mapa, aplica filtros úteis, vê histórico de preços, fala direto com o anunciante e conta com anúncios geridos por especialistas. Quer dar o próximo passo sem pressão? Use o Mappo para buscar, anunciar ou negociar seu imóvel e agende visitas com quem decide. Comece hoje, sinta o ritmo e veja como tudo flui melhor.

Perguntas frequentes

Como funciona o processo de compra de imóvel?

Ele segue uma sequência simples. Você define o perfil do imóvel, pesquisa e lista opções, visita, faz proposta, negocia condições, checa a documentação, escolhe se vai financiar ou pagar à vista, assina a escritura ou contrato, paga ITBI e registra no cartório de imóveis. Sem o registro, a propriedade não muda de dono. O Mappo ajuda da busca ao contato direto com o anunciante e dá acesso a informações que evitam idas e vindas.

Quais documentos são necessários para comprar imóvel?

Para o imóvel, a matrícula atualizada, certidão negativa de débitos municipais, declaração do condomínio sem atrasos e, quando for o caso, habite-se. Do vendedor, RG, CPF, estado civil e certidões cíveis, trabalhistas e federais. Do comprador, documentos pessoais e comprovantes de renda, principalmente se houver financiamento. A matrícula recente é a peça central, pois mostra histórico e possíveis ônus.

Quanto custa comprar um imóvel no Brasil?

Além do preço, calcule entre 4% e 8% em despesas, variando pela cidade. Isso inclui ITBI, escritura, registro, taxas de avaliação e seguros no financiamento. Também some custos de mudança e possíveis ajustes ou reforma. Faça simulações e reserve uma margem para imprevistos. Assim você não compromete o orçamento com surpresas.

É melhor comprar imóvel novo ou usado?

Depende do seu objetivo. Imóvel novo costuma ter menos manutenção e áreas comuns modernas, mas pode vir com preço por metro mais alto. Usado pode estar em região mais central e permitir boa negociação, porém pode exigir reforma. Compare condomínio, estrutura do prédio, documentação e custo total. Visitas em horários diferentes ajudam a sentir o lugar.

Vale a pena financiar a compra do imóvel?

Pode valer, sim. O financiamento permite antecipar o uso do bem e preservar parte da reserva. Compare o Custo Efetivo Total, escolha entre SAC e PRICE conforme seu fluxo e use FGTS se possível. Prazos longos dão parcelas menores, mas somam mais juros. Se o imóvel for para moradia e o plano é de longo prazo, o financiamento costuma fazer sentido. Faça simulações e escolha com tranquilidade.

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Mabel Pontes

SOBRE O AUTOR

Mabel Pontes

Redatora do blog da Mappo, Mabel Pontes é apaixonada por transformar dados em boas histórias. Com uma escrita direta, curiosa e cheia de personalidade, ela traduz o mundo dos imóveis de um jeito simples, acessível e (por que não?) divertido. Acredita que informação boa é aquela que ajuda de verdade, e é por isso que toda semana ela traz reflexões, dicas e novidades que fazem diferença pra quem quer comprar, vender ou entender melhor o mercado imobiliário.

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